Sustentabilidade

out 04, 2017
Rubia Marchi

A sustentabilidade é definitivamente pauta de diversos debates cotidianos. Em todos os veículos de informação, o conceito é amplamente discutido, opinado, criticado. Mas afinal de contas, do que se trata? Qual o impacto deste conceito nas nossas vidas? De que forma ser sustentável no dia-a-dia?

Não faz muito tempo, que os olhos do mundo se voltaram para os problemas ambientais. O meio ambiente vem dando sinais claros de que algo não está bem. Desequilíbrio climático e catástrofes naturais cada vez mais frequentes, são apenas alguns destes indícios. É claro que existem fatores de cunho natural que convergem para estes eventos, mas nós estamos acelerando este processo drasticamente, e já faz um bom tempo.

O conceito de sustentabilidade é relativamente simples: “termo usado para definir ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações”.  Ou seja, a sustentabilidade prevê sim o desenvolvimento, mas de uma forma consciente e menos agressiva, otimizando a utilização de recursos naturais, a fim de que estes se mantenham no futuro.

Ser sustentável, não se limita apenas às tecnologias que temos disponíveis na engenharia e em outros setores da indústria, como por exemplo, a utilização de energia solar, o reaproveitamento de águas pluviais, telhados verdes, carros híbridos, entre outros que demandam certo investimento inicial. Obviamente, estes sistemas auxiliam e muito no melhor aproveitamento dos recursos naturais, mas existem pequenas ações diárias, que são extremamente efetivas e menos onerosas.

Dia 04 de outubro é o dia da natureza e dos animais. Além de conscientizar a população sobre a importância da preservação das florestas e espécies, a ideia é que a reflexão seja estendida para as escolhas diárias que fazemos que direta ou indiretamente, afetam o meio ambiente.

A sustentabilidade está mais presente no nosso dia-a-dia do que imaginamos. São pequenas atitudes, que fazem uma enorme diferença, e estão diretamente ligadas à educação ambiental e mudança de comportamentos. A lista de ações é longa, mas listamos abaixo alguns exemplos, muitos deles amplamente já divulgados, outros que talvez, passam despercebidos, mas que no final, fazem uma enorme diferença.

  • Utilize meios de transporte público ou alternativos.  Deixar o carro em casa faz uma grande diferença na quantidade de poluentes jogados no ar. Se na sua cidade não há um sistema de transporte público eficiente, combine com um colega de trabalho para revezar a carona! Além de poluir menos, são menos veículos circulando nas ruas, o que auxilia na fluidez do trânsito em horários de pico. Por outro lado, se você mora perto do trabalho ou da escola, prefira ir de bicicleta, patins, skate ou a pé, zerando assim a sua produção de gás carbônico com o transporte.
  • Economize água. A gente sabe que você já ouviu falar sobre economia de água, mas a água é um bem muito valioso e, por isso, deve ser consumida de maneira consciente. Nunca é demais frisar este ponto importantíssimo. Por incrível que pareça, o Brasil é o país com maior potencial hídrico do mundo e ainda assim, alguns estados brasileiros sofrem com episódios de seca prolongada ou esvaziamento drástico no nível de seus reservatórios (lembra da recente crise hídrica em São Paulo?). Por isso, feche a torneira enquanto estiver escovando os dentes, tome banhos rápidos e evite o desperdício.
  • Separe o lixo e recicle. Boa parte do lixo produzido pelo ser humano demora muitos anos para se decompor por completo e contamina a terra, o ar e a água. Para minimizar esse problema, é preciso investimento dos órgãos públicos é claro, mas você pode colaborar para a coleta seletiva do seu município ou de pequenas cooperativas, garantindo que os resíduos recebam o devido tratamento e sejam encaminhados para a reciclagem.
  • Economize energia. A energia elétrica também deve ser economizada: tire aparelhos da tomada quando não estiverem em uso, abra as cortinas e as janelas, aproveite a iluminação natural que os dias oferecem e acenda as luzes somente quando necessário
  • Reduza o consumo de carne e alimentos ultraprocessados. Lembra que falamos sobre economizar água? Pois é. O consumo de alimentos industrializados está diretamente ligado a dados alarmantes referentes ao uso de água potável, sem contar todo o consumo de energia demandado durante o processo industrial. Com dados fornecidos pela Sabesp (empresa responsável pelo saneamento básico no estado de São Paulo), foi elaborado pelo Planeta Sustentável um infográfico que apresenta o consumo de água necessário para produção de 1 kg ou 1 L de determinados tipos de alimentos. Veja o infográfico abaixo.

infografico

  • Consuma de forma consciente. Cada produto que adquirimos, passa por algum tipo de benfeitoria, transformação, transporte até o local da venda, e todo este processo envolve o uso de recursos naturais de alguma forma. Por isso, adquira somente o que for necessário, evite consumir por impulso e dê preferência aos produtos que não possuem embalagens plásticas ou que são fabricadas com materiais recicláveis. Seja um consumidor consciente!
  • Consuma alimentos orgânicos. A quantidade de fertilizantes e pesticidas utilizados na indústria de produção de larga escala, contamina o solo, a água e o ar. Prefira alimentos produzidos por pequenos produtores, próximos da sua residência ou cidade, que além de serem melhores para sua saúde, são menos agressivos ao meio ambiente. Se você puder, cultive uma hortinha na sua casa! Se morar em apartamento que tenha sacada, faça o mesmo! Mesmo que seja apenas para pequenas hortaliças, você vai perceber a diferença no sabor do alimento. Além de não fazer o uso de pesticidas e outros poluentes, é uma atividade extremamente terapêutica. Aqui na Cota7 temos a nossa própria horta! Olha que bacana:

cota

A ideia desta postagem é de informar e conscientizar as pessoas sobre suas ações diárias. Queremos incentivar pequenas ações que podem ser facilmente inseridas na sua rotina familiar e até mesmo de trabalho e acreditamos que quanto mais pessoas aderirem ou ao menos discutirem sobre isso, melhores resultados serão obtidos.